Projetos de  educação  antirracista desenvolvidos  com a  comunidade  escolar

A integração da educação antirracista com os componentes curriculares é positiva para o desenvolvimento de muitos projetos, viabiliza que o  tema transite entre as áreas do conhecimento e envolva  a comunidade escolar.

Hoje, trouxemos dois exemplos de projetos relacionados às relações étnico-raciais que  contaram com a colaboração de toda a comunidade escolar,  indo além da sala de  aula.

Veja os projetos nas próximas páginas!

Seta

Em Belém (PA), o professor Marcelo  Pedroso une a arte ao debate sobre igualdade racial. O educador  leciona nas escolas estaduais Augusto  Olímpio e Domingos Acatauassu Nunes, nas etapas do Ensino Fundamental, Ensino  Médio e Educação para jovens e adultos (EJA).

“A ideia é trabalhar a decolonialidade, bem como as artes, trazendo nomes de artistas e intelectuais que contribuem para a igualdade racial, como Conceição Evaristo, Carolina de Jesus, Basquiat, dentre outros.” 

Marcelo Pedroso, professor da rede estadual em Belém (PA)

O professor acredita que trazer essa reflexão ao longo do ano pode contribuir para romper preconceitos. As atividades despertam interesse, engajam os estudantes e o resultado pode ser visto  nos desenhos:

Crianças, adolescentes e jovens desenvolvem pinturas, poesias, textos dissertativos e trabalhos artísticos diversos,  inclusive nos muros da escola, expandindo a visão do trabalho para o entorno.

Leia mais sobre esse  projeto e como essa  prática pedagógica pode inspirar outros  professores em

Seta

Em Nova Lima (MG), as educadoras Cida Souza (supervisora), Helen de Cássia Araújo Silva,  Graziella Cristina Amácio  e Thaise Graziele de  Fátima Pinto Teixeira (professoras)  idealizaram o projeto “UBUNTU, por uma educação antirracista”.

UBUNTU é uma palavra de origem africana usada  para expressar a ideia de que só poderemos ser felizes de verdade na medida em que todos puderem ser felizes. “Eu sou porque somos” é  a síntese dessa ideia.

As quatro educadoras participaram da Residência EntrePares, uma das iniciativas da Secretaria Municipal de Educação de Nova Lima em parceria  com o Instituto iungo.  A equipe aprofundou seus estudos e contextualizou o tema na realidade local.

A semana UBUNTU aconteceu em novembro  de 2023 e buscou  informar e sensibilizar a comunidade escolar de forma acessível e direta  em relação ao  chamamento ético que constitui a educação antirracista.

A programação da  Semana UBUNTU foi além do espaço escolar em si, envolvendo as famílias  dos estudantes, os comerciantes e outros integrantes da  comunidade do bairro em que a escola está localizada.

As atividades incluíram: – Vídeo divulgado nas redes sociais da escola; – Exposição de artigos e reportagens sobre o assunto, enviados pelas famílias dos estudantes; – Oficina e contação de histórias com integrantes  do movimento negro da cidade;

– Trilha das expressões racistas: exposição de  palavras e expressões,  dentro da escola e no comércio local, ilustradas  por desenhos dos  estudantes; – Pesquisa com  participantes para montagem de um varal de depoimentos sobre experiências vividas em relação ao racismo.

“Sonhamos em conseguir despertar a sensibilidade de entender que se trata de um chamamento ético e aguçar o desejo de participar da construção de um plano de ações para educação das relações étnico-raciais.”, resume Cida Souza.

Cida Souza, supervisora da Escola Municipal Dalva Cifuentes Gonçalves em Nova Lima (MG)

Quer saber mais sobre o projeto da  Semana UBUNTU? 

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Projetos como esses colocam em evidência o impacto que a autoria docente, o aprendizado entre os próprios educadores e a  mobilização da  comunidade escolar  podem ter.  Acompanhe nossas  redes sociais e conheça outras iniciativas!

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