Conferência do Futuro: Instituto iungo participa de evento da ONU com foco nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Lideranças políticas, organizações da sociedade civil estiveram reunidas na sede da ONU, em Nova Iorque

Após a definição da Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em 2015, na Assembleia Geral da ONU, a Organização das Nações Unidas realizou, em Nova York, a Conferência do Futuro. Lideranças de mais de 190 Estados-membros da ONU se reuniram para criar um novo entendimento internacional sobre como alcançar de forma eficaz os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, sempre com foco na cooperação.

Os ODS representam um plano de ação global para a erradicação da pobreza extrema e a fome, o oferecimento de educação de qualidade para todos, a proteção do planeta e a promoção de uma sociedade pacífica e inclusiva até 2030. O trabalho do Instituto iungo se relaciona diretamente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — afinal, uma educação de qualidade proporciona habilidades e conhecimentos para que as pessoas se tornem agentes de transformação. Além da programação oficial da ONU na Conferência do Futuro, a equipe do iungo também participou de eventos paralelos, como a Semana do Clima de Nova Iorque.

O iungo e a Agenda 2030 da ONU

Desde 2020, o iungo tem o propósito de transformar, junto com os professores, a educação. Valorizar os professores e promover seu desenvolvimento profissional é um fator determinante para a qualidade da educação. Os programas de formação continuada, pesquisas e o desenvolvimento de materiais pedagógicos do Instituto são realizados de forma colaborativa e inovadora, considerando a diversidade dos territórios em que atuamos, de Norte a Sul do Brasil. De acordo com Paulo Andrade, presidente do iungo, “Nossa visão, que inclui minha visão como educador, é de que professores, crianças e jovens são agentes de transformação e que devem ter todo o apoio para colocar em prática soluções de impacto para mudar o presente e construir um futuro melhor”, diz.

A inclusão e a equidade são aspectos fundamentais do desenvolvimento sustentável. Além do conhecimento, as ações do iungo promovem atitudes, valores e habilidades como pensamento crítico, resolução de problemas, colaboração e empatia. Desafios como as mudanças climáticas, que demandam ações, agora e para o futuro, estão presentes em nossos programas. É com essa visão que o Instituto iungo retorna da Conferência do Futuro, onde foi possível perceber que os seus programas desenvolvidos junto com os professores brasileiros fazem muito sentido nos dias atuais, tanto no contexto nacional quanto global.

Conferência do Futuro
Em um dos eventos, Paulo Andrade falou sobre o programa Itinerários Amazônicos

Agenda

Nos dias 20 e 21 de setembro, o presidente do Instituto iungo, Paulo Andrade, e o secretário de Estado de Educação do Pará, Rossieli Soares, participaram do Dias de Ação (Action Days). O encontro precedeu a Cúpula do Futuro e envolveu lideranças dos Estados-Membros, representantes da sociedade civil, do setor privado, do meio acadêmico, das autoridades locais e regionais e dos jovens.

Na Cúpula do Futuro, realizada entre os dias 22 e 23 de setembro, foi a vez de acompanhar a adoção do Pacto do Futuro, documento oficial já discutido e acordado pelos países-membros das Nações Unidas, para que o mundo retome o caminho do desenvolvimento sustentável e da Agenda 2030. O documento é um caminho possível para enfrentar um conjunto de desafios que a humanidade vive na atualidade, como as profundas desigualdades e as questões climáticas. De acordo com o presidente do iungo, a tecnologia foi outro tema bastante abordado na reunião. “A dimensão da ética no uso dessas tecnologias é uma grande preocupação, materializada no Pacto Digital Global, que é um documento anexo ao Pacto do Futuro”, comenta.

Paulo Andrade e Jefferson Meneses, que é formador de referência do iungo, também estiveram na Casa da Amazônia, em encontro realizado durante a Semana do Clima de Nova York. Paulo Andrade destacou o programa Itinerários Amazônicos em sua fala na mesa “Clima, Educação e Equidade”, organizada pela Motriz, MegaEdu e Centro Lemann. Segundo Paulo Andrade, “Foi um momento voltado a pensar a Educação na Amazônia, parte de um movimento essencial para que as novas gerações compreendam o território em sua complexidade ambiental, social, cultural, territorial, econômica, e ajam para preservá-la”, afirma.

Povoando as escolas brasileiras de Amazônias

O Itinerários Amazônicos é uma iniciativa que realiza a formação continuada de professores e a construção colaborativa de materiais pedagógicos, com a participação de educadores, jovens e especialistas amazônidas. Lançado em 2023, o programa tem parceria com 8 estados da Amazônia Legal e é uma realização do Instituto iungo, da rede Uma Concertação pela Amazônia e do Instituto Reúna, em parceria e com investimentos do BNDES, do Fundo de Sustentabilidade Hydro, do Instituto Arapyaú, do Movimento Bem Maior e patrocínio da Vale. A sua relevância e qualidade fez com que o iungo fosse convidado a participar da elaboração e implementação do componente curricular “Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima”, iniciativa pioneira no Brasil e no mundo, que traz a educação ambiental como parte da formação escolar dos estudantes durante toda a Educação Básica da rede estadual de educação paraense. A colaboração entre o Instituto iungo e a Secretaria de Estado de Educação do Pará prevê a produção de materiais pedagógicos para os professores e estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental, trabalho desenvolvido em parceria com a Porticus. Para o Ensino Médio, a produção é articulada com o Itinerários Amazônicos.

Representantes do iungo e parceiros em evento da ONU
Paulo Andrade, presidente do iungo, Jefferson Meneses, Rossieli Soares e Ulisses Araújo na Conferência do Futuro, promovido pela ONU

Outra participação, no dia 23 de setembro, foi o encontro “COP 30 e além: desenvolvimento econômico sustentável nas Amazônias”, promovido pelos nossos parceiros Uma concertação pela Amazônia e Hydro. O intuito foi dialogar sobre temas cruciais para o futuro sustentável da Amazônia, desde uma agenda integrada para a região, passando pelo papel do setor privado nas transições climáticas até as bases para o desenvolvimento econômico sustentável para COP30 e além.

COP 30 Belém-PA

As discussões relacionadas ao clima, dos desastres em decorrência do aquecimento global, o impacto da ação humana, seguem como primordiais nos encontros entre países. A COP – Conferência das Partes, é também um dos mais importantes nesse sentido, onde representantes dos países membros da ONU participam de conferências durante as duas semanas do evento. Com o fim das discussões, são apresentadas diretrizes para orientar os países no compromisso com o combate ao aquecimento global. A próxima edição da COP-30 acontecerá entre 10 e 21 de novembro de 2025 em Belém, no Pará. O evento marca 32 anos desde a ECO-92, que destacou o Brasil como protagonista na agenda ambiental mundial. A COP 30 em solo brasileiro é de suma importância, uma vez que estará pela primeira vez no coração da Amazônia.

O tema afeta a todos, inclusive as juventudes, que precisam ser incluídas nos debates e ações de mudança. Organizações, lideranças jovens têm se articulado anteriormente ao evento para ocupar esse espaço. Nas palavras de Rossieli Soares, “Precisamos reconhecer o jovem, o poder e a potência que ele tem de transformação. Estamos discutindo sobre a criação de uma Copa Jovem, para trazer a juventude de escolas públicas do Brasil inteiro e de 50 países do mundo. Justamente porque a gente precisa dar voz a esse público e traduzir. Se não, continuaremos a usar os jovens somente para fotografia. E não para aquilo que é essencial; que é ouvi-los. Se queremos de fato, uma transformação, precisamos dar voz à juventude, precisamos ter conectividade, um olhar para os saberes que estão na Amazônia. Acreditamos tanto nesse processo de transformação, que somos o primeiro estado a colocar um componente curricular de Educação Ambiental para as mudanças climáticas e Desenvolvimento Sustentável, desde os 6 anos de idade até o último dia do Ensino Médio”, explica.

O iungo também estará presente na COP 30, pensando a educação como um dos mobilizadores de crianças, adolescentes e jovens. Programas como o Itinerários Amazônicos demonstram a importância de uma sensibilização que ultrapasse a escola e se estenda por todos os setores da sociedade.

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