Na última quarta-feira, (02/07), o Instituto iungo realizou mais um Conectando Territórios, encerrando o primeiro semestre de 2025. Técnicos das secretarias de educação do Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima, Tocantins e do Rio Grande do Sul participaram do encontro que abordou a formação continuada de professores.
Após a abertura, com uma fala da diretora de Educação do Instituto iungo, Alcielle dos Santos, as articuladoras e formadores do Instituto direcionaram os participantes para grupos de discussão. O momento teve como inspiração as tradicionais Festas Juninas para mobilizar o diálogo.
De acordo com Renata Mônaco, articuladora do iungo, uma formação continuada eficaz deve ter um percurso contínuo e coerente. “Contínuo, que possa se estender ao longo do tempo, permitindo que os educadores revisitem e aprofundem suas práticas de ensino. E que tenha coerência, com fontes e referências alinhadas entre si. Outro ponto é o compartilhamento de experiências entre pares, algo muito rico. Os trabalhos uns dos outros podem inspirar novas práticas pedagógicas”, destaca.
Para Ana Sefton, também articuladora do iungo, um processo formativo significativo considera metodologias ativas, que engajam os professores diretamente no planejamento e na implementação de estratégias. “A formação tende a apresentar resultados mais promissores quando o processo é colaborativo e permite o planejamento em conjunto, a compreensão comum dos objetivos de ensino, de métodos, as trocas sobre desafios e soluções”, comenta.
Partilha em grupos e aprendizado entre pares
Divididos em três grupos, os técnicos das redes de ensino parceiras dividiram as necessidades dos territórios e as práticas com retorno positivo.
Iane Oliveira, gerente de Ensino Médio da Secretaria de Estado da Educação de Tocantins (Seduc-TO), falou sobre a importância de trabalhar em parceria para o fortalecimento da rede de ensino. “A parceria com o iungo tem sido fundamental para nós, avançamos muito e a colaboração tem nos auxiliado na gestão dos processos formativos”, resume.
Quem também falou do contexto local foi Marlise Márcia Trebien Henz, formadora do Centro de Formação da Secretaria de Educação e Desporto de Roraima (Seed-RR). “Nossa rede de ensino atende populações indígenas, não indígenas e migrantes, entre outras. Uma das questões com a qual lidamos é o idioma. Passamos a fazer a escuta ativa com as escolas para entender as demandas de formação. Com isso, foi possível desenhar uma proposta para os docentes, incluindo oficinas práticas. Para alcançar um percurso de excelência, valorizamos nossas parcerias com universidades e com o Instituto iungo”, explica.
Vivências em comum
A parte final do encontro foi de apresentação das iniciativas das redes de ensino, a fim de inspirar os colegas, tendo em vista as suas realidades. Segundo Ludymila Furtado, coordenadora da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e representante focal de Educação Ambiental da Secretaria de Estado da Educação do Maranhão (Seduc-MA), o grupo ressaltou o quão positivo é o aprendizado entre os pares. “Quando um professor se torna formador e replica isso na sua escola, é benéfico para todos”, ressalta.
No Amazonas, a conectividade de internet foi uma das questões abordadas entre os participantes, como cita Silvana Barreto Oriente, formadora do Centro de Formação Profissional Padre José Anchieta (CEPAN), da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar do Amazonas (Seduc-AM). “É um fato comum, principalmente nas localidades do interior do estado, sendo um ponto de atenção quando pensamos em formação a distância. Mesmo com questões logísticas e geográficas, conseguimos avançar com o modelo de formação centrada na escola, tendo apoio dos profissionais que atuam na equipe pedagógica nas diversas comunidades do território amazonense”, afirma.
Beatriz Birkhan, assessora técnica do Departamento de Gestão do Centro de Desenvolvimento dos Profissionais da Educação (DGCDPE) da Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul (Seduc-RS), destaca a reflexão sobre a formação continuada em diálogo com o projeto de vida do professor e com a valorização docente. “Um ótimo exemplo é a ação formativa que tem acontecido aqui na rede de ensino do Rio Grande do Sul, o Aprende Mais. É elaborado e ministrado por professores da rede, que se tornaram formadores com o apoio do Instituto iungo. Uma oportunidade de aprendizado entre os colegas de profissão”, compartilha.
O encontro Conectando Territórios ressaltou a colaboração e a junção de diferentes conhecimentos para entender os desafios e construir ações formativas contextualizadas, que resultem em uma educação de excelência para todos.
