COP30: Como a educação está presente no contexto das mudanças climáticas?

iungo participa de evento promovido pela rede Uma Concertação pela Amazônia

O papel integrador da educação no contexto das mudanças climáticas foi o destaque da participação do Instituto iungo na primeira plenária promovida em 2024 pela rede Uma Concertação pela Amazônia, no dia 04. Ministério do Meio Ambiente, autoridades como o governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, a secretária executiva da Concertação, Lívia Pagotto; e organizações parceiras da rede debateram pautas prioritárias visando a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP30.

A secretária Nacional de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, trouxe a preocupação em mostrar na COP30, além da floresta como ativo ambiental, a ligação das mudanças climáticas com as pessoas, com o desenvolvimento social e econômico. “A gente tem que mostrar esta ligação de uma forma concreta. Seria um grande legado da COP30. Mas como é que a gente constrói? Então a gente entende que pode ter esse bloco natureza, floresta, ativo ambiental, e um bloco de pessoas, voltado ao setor social. São dois blocos que representam o Brasil muito bem”, explicou Ana.

O iungo trouxe a educação como elemento integrador entre as perspectivas ambientais e socioculturais. “A educação é um campo integrador nesse sentido e, no âmbito da Concertação, temos trabalhado bastante tanto no Grupo de Trabalho de Educação, quanto no programa Itinerários Amazônicos, em parceria com diversas instituições e já em implementação em oito redes de ensino da Amazônia Legal. Quem sabe a COP30 possa reforçar esse papel integrador da educação, trazendo essa pauta como prioritária?”, pontuou Joana Rennó, diretora de estratégia e implementação do instituto iungo.

Karla Braga, diretora de projetos do Instituto COJOVEM, também ponderou outro ponto diretamente ligado à atuação do iungo: a valorização das juventudes, a inclusão desse grupo nas ações para o enfrentamento das mudanças climáticas. “A gente precisa entender que um legado ambiental é sobretudo um legado que engloba a juventude, do início ao fim. Se a gente quer que a floresta viva possa valer mais que a floresta morta, a gente tem que investir na juventude, porque quem cuida da floresta são as pessoas”, ressaltou Karla.

Grupo de Trabalho de Educação: a voz dos professores

No dia 29/2, o primeiro encontro de 2024 do Grupo de Trabalho de Educação da rede Uma Concertação pela Amazônia, que é mediado pelo Instituto iungo, contou com apresentação de boas práticas de professores da Amazônia Legal sobre o tema autoria e criação docente. “Vimos que a autoria e a criação docente se manifestam de várias formas: na estreita sintonia com os interesses dos estudantes e com as questões dos territórios, na incorporação consciente de experiências biográficas do professor, no espírito de colaboração entre pares que coloca em movimento comunidades de aprendizagem nas escolas. É entre colegas de profissão e com o diálogo ativo com seus estudantes que eles constroem práticas significativas e bem contextualizadas”, destacou Renata Alencar, coordenadora de formações do iungo. As reuniões periódicas do GT de Educação contam com a participação de várias fundações, instituições e pessoas que trabalham para o desenvolvimento da educação no Brasil.

A rede Uma Concertação pela Amazônia é composta por mais de 700 pessoas, instituições e empresas com o objetivo de debater iniciativas que atuam em prol da região amazônica. O programa Itinerários Amazônicos é uma realização do Instituto iungo, do Instituto Reúna e da rede Uma Concertação pela Amazônia, em parceria e investimentos do BNDES, Fundo de Sustentabilidade Hydro, Instituto Arapyaú, Movimento Bem Maior e patrocínio da Vale.

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