No dia 30 de agosto, celebramos mais uma turma formada na Pós-Graduação Aprendizagem Criativa, em um encontro especial na sede do iungo, em Belo Horizonte. Os 39 educadores da rede estadual mineira que concluíram o curso se somam aos 42 formados na primeira turma formada na especialização, em 2021. Conversamos com alguns desses professores e gestores sobre o impacto da pós- graduação no seu trabalho e de suas equipes, confira logo mais abaixo.
Mas antes, o que é o curso Aprendizagem Criativa?
O programa Aprendizagem Criativa é uma pós-graduação lato-sensu gratuita para professores e gestores que os convida a refletir, a aprender e a transformar seu fazer pedagógico a partir dos desafios reais de suas escolas. Para isso, as aulas aliam teoria e prática.
Adotando os princípios de uma comunidade de aprendizagem, os cursistas desenvolvem um projeto em suas escolas cujo objetivo é multiplicar o conhecimento construído na com seus colegas e focar em soluções para melhorar a educação.
O programa é realizado por meio de uma parceria do iungo com o Instituto MRV, o Instituto de Educação Continuada da PUC Minas e a Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais.
Conheça um pouco dos projetos dos formandos da 2ª turma do Aprendizagem Criativa!
Na Escola Estadual São Bento, que atende alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, o foco do projeto desenvolvido pela equipe da professora Ana Cristina foi a alfabetização. Segundo a Ana Cristina, a partir da escuta com toda a equipe pedagógica da escola, foi identificado que o principal desafio a ser trabalhado neste momento é a lacuna de alfabetização causada pela suspensão das aulas presenciais devido à pandemia da covid-19. “O que seria interessante para os alunos, como a gente conseguiria melhorar a defasagem deixada por esses quase dois anos fora da escola?”, foram as perguntas norteadoras para que fosse desenvolvida uma formação para os professores. O projeto foi incluído no Projeto Político Pedagógico da escola e será realizado de forma contínua, com o objetivo de que novos educadores se tornem também formadores dentro da escola. dessa forma, segundo Ana Cristina, “trazendo novas experiências e novas didáticas, para alcançar o resultado que a gente quer, que é o nível de alfabetização de excelência. Queremos todos os nossos alunos alfabetizados”.
Segundo a gestora regional Andreza Gomes, o projeto desenvolvido pelos educadores da Escola Estadual Euzébio Dias Bicalho se destacou pelo processo de escuta. “Nós defendemos um processo de escuta diferenciada no campo educacional. Uma escuta clínica, que se materializa quando um fala e o grupo acolhe essa fala”, explica. A partir desse processo, o alvo do projeto foi a Educação Inclusiva, com uma formação entre pares promovida pelos professores da escola, com uma abordagem para a inclusão social das pessoas com deficiência, além dos aspectos relacionados ao cotidiano escolar desses estudantes.
Já na Escola Estadual Desembargador Mário Gonçalves Matos, uma ampla escuta com a comunidade escolar, mostrou que, apesar de ser considerada pelos alunos um ambiente agradável e de os professores terem perfil dinâmico, não havia, ainda, um emprego efetivo de metodologias ativas de aprendizagem. Por isso, o projeto desenvolvido pela equipe de professores que cursaram o Aprendizagem Criativa teve como objetivo o desenvolvimento de habilidades e competências dos docentes e a implementação das metodologias ativas no cotidiano escolar, como forma para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.
Todos os 39 formandos da segunda turma do Aprendizagem Criativa desenvolveram projetos em escolas nas quais atuam, com foco em desafios do cotidiano que impactam na aprendizagem dos estudantes. Além de alfabetização, inclusão e metodologias ativas, foram abordados temas diversos, tais quais a elaboração de estratégias para lidar com questões comportamentais como indisciplina e a implementação dos novos currículos do Ensino Médio.